Sempre que queremos deixar algo transparecer de nosso íntimo, falamos daquilo de que mais gostamos e temos em nós como fonte de bem e de amor. Assim, falaremos da cultura com vida, como sentido e propósito para o tempo de permanência no planeta Terra.
O homem não pode viver de forma solitária, a menos que assim faça a sua escolha ou que seja este o seu propósito de vida. Mas, o que é certo, mais cedo ou mais tarde, as pessoas solitárias descobrem que não se expandem no altruísmo, na solidariedade, no seu amor humano que é de relacionamento; o amor ao próximo.
Então, os mais sensatos unem-se em grupos. E esse sentimento grupal ensina e se confraterniza; e o homem aprende a dividir para aumentar o seu potencial de vida, de amor, de intenções e propósitos. Convive com o outro, e isto satisfaz o seu desejo de multiplicar-se, de se tornar digno perante o amor e a amizade, constituídos por exemplos que cada qual possa dar.
Assim são os Elistas que se unem em grupos chamados ELOS CLUBES. São verdadeiros baluartes das lutas, das disputas saudáveis e condizentes com a dignidade humana, dentro da cultura e dos preceitos morais que a regem.
O Elista é e precisa ser alguém com quem se possa contar, pois tem conhecimento e consciência de seu potencial humano e vivência as várias experiências trazidas pelos Membros de seu Clube. E quando se reúnem em “Encontros” como este, convenções, quer de âmbito nacional ou internacional, crescem os seus conhecimentos, e sua cultura se desdobra para um entendimento maior em favor do Movimento Elista, para que este jamais venha a estagnar-se.
E que se somem uns aos outros, nos mesmos ideais de vida, de luta pela preservação da Língua Mater, sempre no melhor de seus intentos e em favor da Causa Maior. Este é o “moto continuum”, um subir de degraus para alcançar o topo da sabedoria, cujas lições são valiosas por serem carregadas de experiências vividas e tidas como válidas por todo o grupo, que deixa de ser individualista para ser uma UNIDADE – uma célula grupal criando uma força de Egrégora, cujos pensamentos estarão voltados para o bem comum... É uma Comunidade!
Eis o Ideal do Elista. Sempre em acção altruísta, onde a partilha existe por ser benéfica e solidária, plenamente consciente do que se quer e se tem de fazer. Obedece as normas, estatutos, juramentos, sempre no sentido de trazer mais e mais benefícios e superioridade, força e equilíbrio para os componentes; para todos, sem distinção, desde que professem os mesmos ideais e se mantenham na mesma linha de conduta.
Nossa ORAÇÃO ELISTA é o símbolo da espiritualidade. Os PRINCIPIOS ELISTAS formam o triângulo perfeito das leis morais e, em vista disso, o Elista deve ser o Elo mais eloquente que a sociedade possa ter, pois ele se torna o baluarte da sinceridade em seus propósitos e no refinamento de seu espírito, na subtil habilidade de ser útil a si e aos outros.
Este é o perfil do ELISTA, pois propugna pela elevação dos pensamentos, palavras e acções. Ele deve ser a expressão máxima do patriotismo, da manifestação do amor e da amizade com veracidade, quer para si mesmo, quer para a sociedade em que vive. E, particularmente, pelo seu Clube, pelo seu Distrito e pelo Ideal Elista engrandecido universalmente.
Sou pelo Amor Universal que nos inspira e nos orienta perante nossos Ideais.
Maria Aparecida Frigeri
Presidente Elos Clube de Londrina – 2008/09
(*)
De entre uma plêiade muito vasta de gente que devotou parte considerável da sua vida à divulgação da Língua Portuguesa no mundo e à dilatação do conhecimento da nossa cultura e do nosso património -desde Luís de Camões a António Sérgio, de Vasco da Gama e de outros nautas portugueses a Agostinho da Silva, de João de Deus a Vitorino Nemésio, ou de Fernando Pessoa a Amália Rodrigues e aos nomes incógnitos dos leitores de português nas universidades estrangeiras - difícil se nos tornou escolher um nome qualquer para este trabalho. Quase que ao acaso, optámos por alguém nascido em Lisboa nos primórdios do século XVII.
Embora tivesse largado o chão natal muito cedo, com pouco mais de sete anos de idade, rumo ao Brasil, acompanhando seus pais que para lá emigraram, ali começou os seus estudos e aos quinze ingressava, por vocação religiosa inabalável despertada por um sermão que ouvira, no noviciado da Companhia de Jesus.
Vocacionado para o estudo das humanidades, já aos dezassete se atrevia a debruçar-se e comentar textos de Séneca e de Ovídio e, logo após, dissertar sobra a Bíblia e acerca da doutrina emanada do "Cântico dos Cânticos".
Aluno de excepcional craveira na disciplina de filosofia, os seus superiores tiveram que impedi-lo de se votar à evangelização dos pagãos, por lhe reconhecerem asas mais largas para as abrir ao mundo inteiro.
O Padre António Vieira que ascendeu ao sacerdócio com vinte e sete anos de idade, passou, desde então, a leccionar teologia numa sequência natural dos sermões que já então proferia com louvor dos seus mestres que chegaram ao ponto de dizer que nada tinham para lhe ensinar.
Aliava à dimensão dos seus conhecimentos e ao carisma da sua eloquência um talento enorme na oratória que logo às primeiras palavras prendia quem o escutava.
Naturalmente que, deste modo, é fácil de adivinhar o quanto o seu nome se projectou para fora do Brasil, levando aos confins do mundo a sua língua-mãe e a sua mística doutrinária.
O nome de Portugal que, já antes, vinha sendo divulgado pelos nautas de Quinhentos, em África e no oriente, mormente nos padrões afixados nos territórios que se iam descobrindo, exibindo as armas da lusa gente, viu-se, pela riqueza da escrita e pela luz das palavras proferidas por aquele sacerdote, ainda mais elevado no conceito universal.
Se uns plantavam um monumento de pedra ... Vieira semeava palavras no espírito. E foi raiz! E foi tronco! E foi flor da Língua que os portugueses, ainda hoje, continuam falando!
O Padre António Vieira, falecido há mais de 340 anos - por toda a obra que deixou, por toda a divulgação que fez da nossa Língua, pela força da riqueza da sua palavra ainda viva na nossa História - tal como Camões ou como outros tais, não morreu.
Há gente que tem o dom da imortalidade. Vieira é um deles.
João Baptista Coelho
(trabalho apresentado em 2010 aos XI Jogos Florais do ELOS CLUBE DE TAVIRA, ao qual foi atribuído o 1º Prémio na modalidade de Prosa/Biografia)
(*)
A Diretoria de Cultura da Presidência do Elos Internacional da Comunidade Lusíada, a Diretoria de Cultura da Casa de Portugal, em Londrina (Conselho das Comunidades Portuguesas do Paraná), o Elos Clube de Londrina e a Presidência da UBT/Seção de Londrina, no desejo de levar a todos os povos de Língua Portuguesa, a Cultura das Trovas, via Elos Internacional, Casa de Portugal, Elos Clube e União Brasileira de Trovadores – UBT/Seção de Londrina/PR - apresenta para este Concurso Internacional de Trovas, o seguinte
REGULAMENTO
ART. 1 – Do Elos – O Elos Internacional da Comunidade Lusíada, que cuida da preservação da Língua Portuguesa, tem sua sede no local onde reside o Presidente Internacional. Até 2011 a sede está em Mandaguarí/PR. A Convenção do Elos Internacional de 2011 será em S. Bernardo do Campo, nos dias 21 a 23 do mês de outubro, sendo o dia 24 reservado aos passeios convencionais.
ART. 2 – Do Concurso – O Concurso de Trovas tem por objetivo incentivar essa modalidade de literatura, difundindo o Movimento Elista e o conhecimento das Casas de Portugal. A Coordenação desse Concurso Internacional estará a cargo das Diretorias de Cultura, com apoio da Presidência da UBT/Seção de Londrina. O Concurso é aberto a todos: membros e não membros do Elos e da Casa de Portugal.
ART. 3 – Da Trova – Entende-se como Trova a composição poética de quatro versos setissílabos, rimando o 1º com o 3º verso e o 2º com o 4º, formando um sentido completo. Para o Concurso, a Trova deve ser inédita e de autoria do concorrente.
ART. 4 – Dos Temas - Elo,s; Vinho,s. – Trovas líricas ou filosóficas, contendo um ou os dois temas, até o máximo de três (3) trovas, no sistema de envelopes, que permite que as trovas sejam datilografadas ou digitadas e coladas em um envelope 11x8cm, aproximadamente, contendo, dentro, o nome do Trovador e o endereço completo. Por favor, coloquem o código da cidade antes do número do telefone. Não se esqueçam do CEP, e se tiverem e-mail, enviem-no também; isto facilitará a correspondência. Uma vez colocada a trova em cada envelope pequeno com a devida identificação dentro, e já fechado, coloque os três em um envelope maior e envie para......
Concurso Internacional de Trovas 2011
Rua Pio XII, 97 – Sala 1102 – 86020-380 – LONDRINA/PR – Brasil.
Pelo sigilo, como remetente: Luiz Otávio - Endereço do próprio Concurso.
ART. 5 – Dos Prazos – Até 08 de março de 2011(data prorrogada até 30 de abril de 2011), chegada das Trovas, valendo a postagem. A premiação será na Convenção do Elos Internacional, de 21 a 23 de outubro de 2011, na cidade de São Bernardo do Campo/SP, às 14:15h do dia 23/10/11 encerrando-se às 16:15h, com pequeno intervalo.
ART. 6 – Da Classificação - Em outubro, dia 23, domingo, haverá a entrega dos prêmios para os classificados nas três categorias previstas: Vencedores, em número de três. Menção Honrosa em número de sete; e Menção Especial, dez trovas. Haverá publicação das trovas classificadas. As demais não serão devolvidas.
ART. 7 – Da Premiação – Os Trovadores premiados nos três primeiros lugares receberão troféus; os premiados com Menção Honrosa receberão medalha dourada; os de Menção Especial, medalha prateada. Todos os contemplados receberão certificado de participação, emitido pelo Elos Internacional, Casa de Portugal, Elos Clube e UBT/Seção de Londrina. Os certificados trarão sua trova registrada, assim como o nome do autor, a cidade, o Estado e país a que pertença. Cada contemplado terá direito a um livro, graciosamente. Se alguém desejar novos livros, haverá um pequeno custo por volume.
ART. 8 – Da aceitação do Regulamento – O envio das Trovas caracteriza a aceitação do mesmo.
Maria Aparecida (Cidinha) Frigeri - mariafrigeri@gmail.com
Da Direção de Cultura/da Comissão Organizadora Londrina, 2011
(*)http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com/2007/03/trovadores-e-jograis.html
(*)
"Não falta com razões quem desconcerte
Da opinião de todos, na vontade,
Em quem o esforço antigo se converte
Em desusada e má deslealdade;
Podendo o temor mais, gelado, inerte,
Que a própria e natural fidelidade:
Negam o Rei e a pátria, e, se convém,
Negarão (como Pedro) o Deus que têm.”
Canto IV – “Os Lusíadas” de Luís de Camões
I
Vieste de berço bem português,
De Coimbra ou Lisboa se diz.
Mas, ambas capitais, uma do Reino
A outra da Pátria, a cerviz.
E da Europa à Oceânia
Armado do teu reluzente arnês
Ias divulgando com alegria,
Da nossa língua latina, o treino.
II
Da língua pátria um versejador,
Apelidado, com honra, de Vate,
Fost’ ilustre, grande velejador,
P’la língua portuguesa em combate.
Deste à medieva ignorância,
“Os Lusíadas”, Poema invicto.
Versos atraiçoados p’la jactância
Dum acordo, pensado veredicto.
III
A Língua - Mãe foi vencida, Camões!
Por interesses das geografias,
Por sábios de “boas” academias,
Do Templo da Língua, vendilhões.
E a nossa língua dilacerada,
Vendida à crueldade dos milhões,
Sujeitando esta nossa língu’amada
Ao vil látego dos centuriões.
IV
Camões, nosso Poeta Imortal,
Sofredor deste imenso flagelo,
Torna os seus Poemas em um Elo,
Defesa da Língua e da Nação.
Àqueles que traíram muito mal,
Imunes ao leal portuguesismo,
Portugueses Elistas clamarão:
Português é o mesmo que Elismo!
Luís Santiago
Poema em honra do Elismo e do Elos Clube de Lisboa
... E TOMADA DE POSSE DOS NOVOS CORPOS SOCIAIS
http://www.youtube.com/watch?v=O5V_Rgaloo8
http://www.youtube.com/watch?v=tNDIDhVspXs
As actividades das unidades elistas na Comunidade Lusíada são norteadas pelos elevados ideais comunitários consubstanciados nos seguintes princípios gerais:
• O Elismo é um movimento de congregação de valores humanos dispostos ou, pelos menos, predispostos a defenderem a aliança e a promoverem a boa compreensão dos povos de língua portuguesa.
• Veículo de propagação e defesa dos ideais que formam a comunidade lusíada é também o Elismo, por decorrência e paralelamente, fonte de alta confraternização de quantos nele se integram.
• Tendo por trilha o idioma português, pois, fadado a expandir-se por lugares os mais diversos e distantes, sejam quais forem as suas peculiaridades locais próprias e típicas, o Elismo é um símbolo de manutenção e de garantia da sobrevivência, em qualquer lugar do mundo, de princípios e ideais que a língua mater conferiu e consolidou nos homens de todos os tempos.
• Um Elos Clube jamais poderá ser entendido como unidade isolada. Cada ELOS é simples fracção de um todo; é mera parte de um conjunto; é uma peça de engrenagem; é um elemento que se prende a outros tantos que hão-de formar poderosa corrente de pensamento e de acção, em função de ideias e fins comuns.
• Situado acima das contingências de formulações políticas internas de cada país, o ELOS respeita o sentir e as convicções de cada elista como cidadão, alheio a sistemas de governos e a doutrina de governantes, desde que não subversivos.
• Também os não distingue por sua condição social, económica ou religiosa, já que os equaciona na linha de rígida conduta moral e de adesão aos fins da entidade.
• Reclama o ELOS, a par da união das pessoas que falam e dignificam a nossa língua, a sua identificação na soma de suas forças e esforços para, no campo espiritual, darem vivência e relevância a valores éticos e históricos e, no terreno material, postularem para que tornem práticas e objectivas as recomendações que, no interesse da família lusíada, venham a ser ditados por tratados, convenções e protocolos oficiais.
• Todo o elista se nivela por um mesmo conteúdo moral e por uma mesma dose de idealismo na luta pela congregação das pessoas que, onde estiverem, falem, adoptem ou cultivem a língua portuguesa. Este, o seu denominador comum.
• Pouco importam as suas desigualdades económico-financeiras ou a diversidade da sua cultura, cor, religião ou convicções políticas. O culto do lar, o respeito da família, a veneração da pátria, o amor ao próximo; a honradez no trabalho, irrevogável idoneidade moral e determinação de fazer vingar os objectivos sociais, tais os pressupostos da vocação elista que lhes cumpre procurar transferir às gerações mais novas, como reserva indispensável do futuro do Elismo e sustentação da comunidade que o Elos simboliza.
• O Elista é, precisa e deve ser a expressão dinâmica de uma comunidade, a Lusíada.
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