... NEM OS JORNAIS CULTURAIS/LITERÁRIOS QUEIRAM FALAR
DISTO? COMO SE PODEM RECLAMAR "DA LUSOFONIA"? Castelo de Olivença, mandado erigir pelo Rei D. Dinis
LUSOFONIAS EM OLIVENÇA (DOIS DIAS: 28 e 29 de Maio de 2011) - Curiosamente, nenhum jornal ou revista parece querer falar disto!
Decorreu no fim de semana de 28 e 29 de Maio promovida pela Associação local "Além Guadiana", mais uma edição de "Lusofonias" em Olivença (a 2.ª Edição). Desta vez, e ao contrário de que sucedeu na edição anterior (um só dia), o evento durou dois dias.
É difícil descrever o que representa, histórica e culturalmente, este "festival" de cultura portuguesa e lusófona para, e em primeiro lugar, Olivença, para Portugal, e para o espaço lusófono. Trata-se do renascer de toda uma Cultura (a portuguesa) num lugar onde, desde 1801, a mesma deixou de ser "oficial", e onde, durante cerca de duzentos anos, muito se fez para a aniquilar. São habitantes locais, oliventinos genuínos, que, sem entrarem em considerações politicas e considerações sobre litígios de soberania, reivindicam a sua cultura tradicional e a sua pertença ao espaço lusófono. É um tanto confrangedor, para não usar expressões mais críticas que não se dê maior destaque ao que ali ocorre em consequência disso.
No dia 28 de Maio, Sábado, após uma alocução das autoridades locais (com a presença de todas as forças políticas oliventinas) numa curta cerimónia de abertura, as "Lusofonias" foram oficialmente abertas ao público. Pavilhões de instituições portuguesas e de comércio e artesanato (com destaque para a doçaria), que se estendiam por duas secções da antiga Carreira, numa amostra muito significativa da cultura portuguesa. O grupo Gigabombos, de Évora, desfilou no local e, depois, por toda a cidade.
Seguiu-se uma leitura pública, essencialmente por oliventinos, de textos em Português. Documentários e teatro, música, corais alentejanos, bem como actuações de escolas locais (sempre ne língua de Camões), seguiram-se pela noite fora. Note-se que estavam presentes elementos culturais de vários países lusófonos, e não só de Portugal.
Uma exposição fotográfica, aliás apresentada com destaque, mereceu muita atenção, intitulada "O meu olhar sobre a Olivença Portuguesa", do oliventino Jesus Valério. Muita gente a elogiou.
À noite, houve um espectáculo público, um concerto do cantautor espanhol (e extremenho) Luís Pastor, "padrinho" do evento, que teve o cuidado de quase só usar a língua portuguesa, cantando temas portugueses, e recordando grandes cantautores portugueses (a começar por Zeca Afonso).
No dia 29 de Maio, Domingo, reabriu o espaço dos pavilhões, e actuou o Rancho folclórico de Macieira da Lixa (Porto). Seguiram-se canções e dramatizações, uma vez mais em Português e a "cargo" de alunos de escolas locais, e ainda mais música por um grupo português. Só por volta das 24.00 se deu por encerrado o evento, um sucesso que levará, decerto, a Associação oliventina "Além Guadiana" a continuar a esforçar-se por devolver a Olivença a sua cultura e língua tradicionais, com iniciativas como esta ou outras similares, para além de um trabalho contínuo e diário nesse mesmo sentido.
A dita Associação renova o apelo para que, em Portugal, e sem preconceitos, haja uma maior divulgação das suas actividades, bem como apoios, basicamente culturais, já que os seus objectivos são deste teor, e não outros. Nem sempre parece estar a haver uma clara compreensão destes aspectos, o que muito se lamenta.
Estremoz, 30 de Maio de 2011
Carlos Luna
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