Terça-feira, 31 de Maio de 2011

ANÚNCIO DE VAGAS
A Fundação Evangelização e Culturas (FEC) convida à apresentação de candidaturas para provimento de seis vagas para o programa da FEC na Guiné-Bissau 2011/2012:
- Coordenador(a) de Programa da FEC na Guiné-Bissau (ver Termo de Referência) com formação superior em Gestão, Economia, Ciências Sociais e Humanas ou experiência comprovada em funções similares.
- Coordenador(a) para a área da Educação (ver Termo de Referência) com formação superior ou pós-graduada na área da educação/formação de adultos, preferencialmente em língua portuguesa.
- Coordenador(a) de Comunicação (ver Termo de Referência) com experiência relevante de trabalho na rádio e em Países em Vias de Desenvolvimento, em especial em Países Africanos Lusófonos.
- Ponto Focal para Gestão e Administração Escolar (ver Termo de Referência) com formação e experiência de trabalho no sector da educação e da formação.
- Supervisor(a) Pedagógico(a) Regional (ver Termo de Referência) com formação superior ou pós-graduada na área da educação/formação de adultos, preferencialmente em língua portuguesa.
- Técnico de Diagnóstico e Avaliação (ver Termo de Referência) com formação na área das ciências sociais ou gestão e experiência em gestão e avaliação de projectos.
Por favor, enviar respostas e Curriculum Vitae para etelvina.cardeira@fecongd.org até ao dia 17 de Junho, indicando a posição para que se candidata no assunto do e-mail. O CV deverá ser acompanhado de uma carta de motivação e da indicação de duas pessoas de referência e o seu contacto. Em caso de dúvida contactar Etelvina Cardeira em +351.218.861.710.
-- Obra Católica Portuguesa de Migrações
Quinta do Cabeço, porta D,
1885-076 Moscavide
Telefone: +351 218 855 470
Fax: + 351 218 855 469
ocpm@ecclesia.pt / www.ecclesia.pt/ocpm
Segunda-feira, 30 de Maio de 2011
O Município de Oliveira do Hospital, promove no ano de 2011 o Concurso Literário Manuel Cid Teles, iniciativa desenvolvida no âmbito das Comemorações do Centenário do nascimento do poeta.
São admitidos a concurso trabalhos escritos em Língua Portuguesa na modalidade de Texto Dramático, versão inédita, de tema livre, baseados na obra de Manuel Cid Teles.
O concurso literário destina-se a todas as pessoas que queiram concorrer, as quais devem enviar os seus textos dramáticos para o Município de Oliveira do Hospital, até ao dia 29 de Julho.
Para mais informações, os concorrentes devem consultar o Regulamento do Concurso Literário 2011 Manuel Cid Teles.
A língua portuguesa é europeia e latina, como se sabe. Contudo, tem características que a tornam inconfundível. Uma dessas características é o infinito pessoal dos verbos. Exemplo: falar, falares, falar, falarmos, falardes, falarem.
Outra característica é os nomes dos dias da semana: segunda-feira, terça-feira, etc. Suponho que não há outra língua europeia que designe os dias da semana desta maneira. Há na língua russa uma certa semelhança, quando diz: vtórnik (de vtorói = segundo), designando a terça-feira; tchetverg (de tchetviórtii = quarto), designando a quinta-feira; e piátnitza (de piátyi = quinto), designando a sexta-feira. Julgo que as restantes línguas eslavas não andarão longe deste esquema, como é o caso do servo-croata. As línguas germânicas seguem o sistema mitológico pagão: alemão: Monntag, Dienstag, Mittwoch, Donnerstag, Freitag, Samstag, Sonntag, do mesmo modo que as línguas latinas, em geral: italiano: lunedì, martedì, mercredì, giovedì, venerdì, sabato, domenica.
Donde vêm os nomes portugueses? Que eu saiba, se é que sei, vêm do árabe: iaum al-aHad (dia um) = domingo (de aaHad = um); iaum al-ithnaiin (dia dois) = 2ª-feira (de ithnaan = dois); iaum al-thalaath (dia três) = 3ª-feira; iaum al-arba:aa (dia quatro) = 4ª-feira; iaum al-khamiss (dia cinco) = 5ª-feira. Já sexta-feira é o dia da união, o dia principal da semana para os muçulmanos, como é o sábado para os judeus e domingo, o dia do Senhor, para os católicos. Em russo, o nome de domingo é "Ressurreição".
(*)
Também em grego, os nomes dosm dia da semana são semelhantes aos portugueses: devtéra = 2ª-feira; tríti = 3ª-feira; tetárti = 4ª- feira; péndi = 5ª-feira; e domingo diz-se kyriakí (o dia do Senhor - i méra tou Kyriou).
Mas há outras particularidades do Português.
'Salsa' em castelhano diz-se perejil, em catalão julivert, em italiano prezzemolo, em francês persil, em inglês parsley, em alemão Petersilie, em russo petrushka, em grego maidanós.
Por outro lado: 'Môlho' em castelhano diz-se salsa, em italiano salsa, em francês sauce, em inglês sauce, em grego saltsa, em alemão Sauce
Ora digam-me lá: "Que fazemos nós, intrusos, na União Europeia?"
Joaquim Reis
(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://salaolerouge.files.wordpress.com/2011/04/segunda-feira1.jpg&imgrefurl=http://salaolerouge.wordpress.com/2011/04/14/tira-essa-cara-de-segunda-feira/&usg=__ucZAsjg1tIfn1eMgdrjdZYXZ3JU=&h=300&w=400&sz=27&hl=pt-PT&start=0&zoom=1&tbnid=OBVpNiXBvhTL9M:&tbnh=114&tbnw=150&ei=_53jTeiTH4uYhQeP7OjpBw&prev=/search%3Fq%3DSegunda%252Bfeira%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DG%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=390&vpy=209&dur=47&hovh=194&hovw=259&tx=140&ty=107&page=1&ndsp=25&ved=1t:429,r:8,s:0&biw=1007&bih=681
Domingo, 29 de Maio de 2011
Sábado, 28 de Maio de 2011
Artigo 2º
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
Sexta-feira, 27 de Maio de 2011
Quinta-feira, 26 de Maio de 2011
DISCURSO EM 3 DE SETEMBRO DE 1968 NA POSSE DE SÓCIO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SÃO PAULO, PELO CÔNSUL-GERAL DE PORTUGAL DR. LUÍS SOARES DE OLIVEIRA TENDO COMO PATRONO RICARDO SEVERO
UM PORTUGUÊS NO BRASIL
Transferido para o Brasil , definitivamente, em 1909, Ricardo Severo ia conhecer, vivendo-a, a epopeia moderna de sua raça. Aqui casou com senhora da distinta família paulista Santos Dumont. Cedo iria definir a sua atitude de português no Brasil.
O discurso que Ricardo Severo pronunciou ao ser recebido neste Instituto em 1912, termina da seguinte4 forma: «Como um voto dos mais humildes, perante vós, doutos e estimados confrades, o meu compromisso de iniciação tomado à entrada do vosso grémio, trabalhar em prol das vossas tradições nacionais que tanto me merecem como as tradições nacionais da minha Pátria.»
A vida de Ricardo Severo no Brasil é um exemplo de fidelidade a este voto. Perante a nova fenomenologia, Ricardo Severo, o português, só podia reagir duma maneira: procurou informar-se sobre as origens da cultura brasileira, respeitou-lhe a sua genuinidade e procurou enriquecer-lhe o património com a experiência válida que trazia consigo.
Ricardo Severo veio para o Brasil para exercer o seu «ofício de alvanel» no que foi ajudado, logo de início, pela sua feliz associação com Ramos de Azevedo, o homem empenhado em transformar o burgo sito no topo do outeiro localizado por Manoel da Nóbrega, numa grande metrópole moderna.

Ramos de Azevedo
Severo associa-se muito cedo a essa obra e põe nela tudo o que pode dar: o seu amor à tradição, ao genuíno, ao telúrico, a sua preocupação de equilíbrio mesológico, o seu exigente perfeccionismo e a sua aspiração de engrandecimento e dignificação do homem. Assim começa a crescer a metrópole Paulista de Archeologia e... a discordar.
(Continua)
Luís Soares de Oliveira
Quarta-feira, 25 de Maio de 2011
Encontrei uma preta
Que estava a chorar,
Pedi-lhe uma lágrima
Para a analisar.
Recolhi a lágrima
Com todo o cuidado
Num tubo de ensaio
Bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
Do outro e de frente:
Tinha um ar de gota
Muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
As bases e os sais,
As drogas usadas
Em casos que tais.
Ensaiei a frio,
Experimentei ao lume,
De todas as vezes
Deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
Nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
E cloreto de sódio.
António Gedeão
Afirmando-se como um dos mais brilhantes e talentosos criadores lusófonos do século XX, Rómulo de Carvalho/António Gedeão, respectivamente, o professor, pedagogo e historiador da ciência, e o seu alter-ego literário, atravessou todas as convulsões e acontecimentos marcantes do nosso século, que se reflectiram no formar-se de um espírito extremamente marcado pelo cepticismo e pela ironia, sempre presentes nos seus poemas. Licenciado em Ciências Físico-Químicas pela Universidade do Porto em 1931, traduziu como ninguém, a ciência para os leigos, desvendando segredos científicos com a mesma simplicidade com que os exemplificava. Lisboeta toda uma vida, uniu de forma exemplar, através da sua obra, a ciência e a poesia, a vida e o sonho. Apesar de só aos 50 anos ter decidido publicar o seu primeiro livro de poesia, inaugurando assim uma carreira que se afirmou por si própria na cultura portuguesa, tornou-se uma figura de referência incontornável no imaginário colectivo do povo português, principalmente para toda a geração da "Pedra Filosofal". | |
Poucos meses após ter celebrado o seu 90º aniversário, assinalado pela homenagem que lhe foi prestada pelo Ministério de Ciência e de Tecnologia, a sua morte em 19 de Fevereiro 1997, deixa-nos um legado para o futuro, numa sociedade cada vez mais global, onde a união entre Ciências e Humanidades se torna cada vez mais uma necessidade premente.
http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/antonio_gedeao/index.html
Terça-feira, 24 de Maio de 2011

Os livros da biblioteca particular de Fernando Pessoa estão disponíveis gratuitamente on-line no site da Casa Fernando Pessoa.
Até agora, só uma visita à Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, permitia consultar este acervo que é "riquíssimo", mas com o site, bilingue (português e inglês), é possível consultar, página a página, os cerca de 1140 volumes da biblioteca, mais as anotações – incluindo poemas – que Fernando Pessoa foi fazendo nas páginas dos livros.
Navegue em http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt e delicie-se.
Segunda-feira, 23 de Maio de 2011
À prostituta mais nova
Do bairro mais velho e escuro,
Deixo os meus brincos, lavrados
Em cristal, límpido e puro...
E àquela virgem esquecida
Rapariga sem ternura,
Sonhando algures uma lenda,
Deixo o meu vestido branco,
O meu vestido de noiva,
Todo tecido de renda...
Este meu rosário antigo
Ofereço-o àquele amigo
Que não acredita em Deus...
E os livros, rosários meus
Das contas de outro sofrer,
São para os homens humildes,
Que nunca souberam ler.
Quanto aos meus poemas loucos,
Esses, que são de dor
Sincera e desordenada...
Esses, que são de esperança,
Desesperada mas firme,
Deixo-os a ti, meu amor...
Para que, na paz da hora,
Em que a minha alma venha
Beijar de longe os teus olhos,
Vás por essa noite fora...
Com passos feitos de lua,
Oferecê-los às crianças
Que encontrares em cada rua...
Alda Lara
RESUMO BIOGRÁFICO:
Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque. Benguela, Angola, 9.6.1930 - Cambambe, Angola, 30.1.1962). Era casada com o escritor Orlando Albuquerque. Muito nova veio para Lisboa onde concluiu o 7º ano do Liceu. Frequentou as Faculdades de Medicina de Lisboa e Coimbra, licenciando-se por esta última. Em Lisboa esteve ligada a algumas das actividades da Casa dos Estudantes do Império. Declamadora, chamou a atenção para os poetas africanos. Depois da sua morte, a Câmara Municipal de Sá da Bandeira instituiu o Prémio Alda Lara para poesia. Orlando Albuquerque propôs-se editar-lhe postumamente toda a obra e nesse caminho reuniu e publicou um volume de poesias e um caderno de contos. Colaborou em alguns jornais ou revistas, incluindo a Mensagem (CEI).